Você já se perguntou por que deveria praticar Yoga?
Praticar Yoga não é uma questão de idade ou de gênero, mas sim uma questão de ser humano. Assim, a resposta da sua indagação deveria ser: eu pratico Yoga, porque o Yoga é para os humanos, sendo um caminho para vivermos uma vida tranquila e feliz, cheia de paz, sem contar os benefícios físicos, emocionais e mentais que a prática nos proporciona. O Yoga é a arte que nos leva a felicidade, que nos ensina a ser feliz.
A escola de vida do Yoga
Praticar Yoga é ser um aluno na escola do autoconhecimento. Embora seja uma tradição milenar, o Yoga continua fazendo perfeito sentido ainda nos dias de hoje e, apesar de não ser uma religião, pode preencher espaços que estão vazios, além disso o Yoga é diferente das religiões, já que elas estão mais focadas em dar conforto às pessoas, quando o Yoga não afaga, mas sim busca a libertação e o crescimento como ser humano.
Mesmo não sendo um conhecimento científico, o Yoga busca apresentar as coisas de uma forma mais empírica, ou seja, com demonstrações, deixando mais à vontade àquelas pessoas que, quando desconfiam de algo, preferem verificar por si mesmas. Mesmo não sendo uma arte, na sua prática diária percebemos que o Yoga é muito similar as práticas artistas, quando nos ensina a arte de ser feliz. Além disso, temos que levar em conta a filosofia do Yoga, que está conectado com tudo que vivemos no nosso dia a dia.
“Yoga me ensina que dentro dessas limitações ou imperfeições sou simplesmente perfeito!”
A filosofia do Yoga nos ensina que já somos a felicidade que estamos buscando e assim, não precisamos mudar aquilo que somos para sermos felizes, que não há a necessidade de correr atrás de riquezas que a sociedade nos impõe e muito menos que precisamos que algo aconteça do lado de fora para que consigamos trazer a felicidade para dentro de nossas vidas.
O problema da minha autoimagem
Quando penso em mim mesmo, não me vejo como alguém completo ou feliz e esse problema não será resolvido subtraindo os outros problemas de minha vida. Isso ocorre porque o problema da minha autoimagem está muito mais vinculado com a falta de conhecimento que tenho sobre mim mesmo do que com algo que eu tenho vivido. Assim, isto será resolvido a partir do autoconhecimento!
Quando me olho no espelho, vejo uma pessoa incompleta e carente, necessitando de alguma coisa para se sentir plena. Vejo alguém que não é, ou não se sente, feliz. Podemos chamar isso de crença, ou seja, uma força que, baseada em uma ideia pressuposta sobre mim mesmo me leva a agir de uma determinada maneira, me colocando em situação de sofrimento desnecessário.
Nesse sentido, o Yoga me ensina que dentro dessas limitações ou imperfeições sou simplesmente perfeito! Ou seja, não preciso mudar nada em mim para ser feliz. Porém, isso não deve ser levado como um aval para nos conformarmos e acomodarmo-nos em situações que vão contra nossa dignidade, mas sim que nossas ações para busca mudanças e satisfações não serão capazes de nos trazer felicidade.
Cultive o discernimento
Quando você se sentir imperfeito e infeliz, mentalize as seguintes palavras:
“Que eu tenha força para mudar o que deve ser mudado. Que eu tenha paciência para aceitar o que não pode ser mudado. Que eu tenha discernimento para compreender a diferença entre ambos”.
A questão na verdade não está naquilo que você faz ou chama de Yoga, mas sim, no seu real propósito em suas ações. Fazer posições de Yoga não significa nada se você não focar sua prática na sua libertação. Praticar respiração e meditação tampouco significam que você está praticando Yoga, se não focar na sua libertação.
Nesse sentido, se você pratica Yoga para aprender mais sobre si mesmo, se souber tirar de sua prática lições para aplicar na sua vida e isso te ajudar no processo de libertação pessoal, então você pode chamar a sua prática de Yoga. No entanto, fazer posturas ou meditações com um propósito que não seja a liberdade, então, isso não é Yoga.
Comece a sua caminhada no Yoga pela prática do Hatha, o Yoga do corpo e comece a perceber os efeitos das posturas, relaxamentos e respiratórios, mesmo que sutis, transformam a sua vida. A sede pelo autoconhecimento virá e será saciada nesse processo. Lembre-se: estamos caminhando nesta direção!
Namastê!